blanca soledad
fui divagar
no céu terra
na terra azul
pelo muro alto da solidão branca
serei finalmente eu
pelotón de fusilamiento
nuevos inventos
gitanos corpulentos
piedras pulidas blancas y enormes
trescientos años de soledad
tiempo ingenio de áspero acento
dientes de soldado
movimiento impuro de la humanidad
tell me about your saint
when it did live, when?
times are sad
times of white pounder
times of white solders
doors are always open
are you ready to be you
only you
right now?
sexta-feira, 31 de março de 2006
terça-feira, 28 de março de 2006
poesia quântica (holopoética)
bootstrap
chorar
a lágrima
fará
o amor
promessa
sonharei contigo, prometo. causarei enganos, pularei de prédios, andarei pela rua. prometo amar sempre, chorar sempre, sentir sempre saudades. deitarei para te esperar e ficarei aborrecido com teu atraso. e assim não chegas. aborreça-me, prometi. prometa-me, aborrecerás. e assim seremos um só e dormiremos à luz do dia, à luz serena e clara do dia. e assim teus acalantos serão bom-dia. assim, enfim, seremos. e assim, enfim, não haverá mais promessa.
a minutos atrás
a minutos atrás dormiremos no senão
a minutos atrás acordamos no então
a minutos atrás vivera na torre alta dos sonhos
a minutos atrás morreu na virtude dos sonhos
a minutos atrás é ultimamente
a minutos atrás foi para sempre
a minutos atrás era bonito por não ser
a minutos atrás será bonito por ainda ser
a minutos atrás não haverá mais atrasos
a minutos atrás fora atraso das horas
a minutos atrás serão acalantos de agora
jealousy
jauntily
runs my pain
going to stranges
arms of myself
o ponto de mutação – fritjof capra
“de acordo com essa teoria [eletrodinâmica quântica], a mesma expressão matemática descreve um pósitron – a antipartícula do elétron – movendo-se do passado para o futuro ou um elétron movendo-se do futuro para o passado. as interações das partículas podem estender-se em qualquer direção do espaço-tempo quadridimensional, deslocando-se para trás e para frente no tempo tal como se movimentam para a esquerda e para a direita no espaço. para descrever essas interações necessitamos de mapas quadridimensionais que abranjam toda a extensão do tempo, assim como toda a região do espaço. esses mapas, conhecidos como diagramas espaço-tempo, não incluem uma direção definida do tempo. por conseguinte, não há ‘antes’ e ‘depois’ nos processos que descrevem e, assim, nenhuma relação linear de causa e efeito.”
não é muito interessante o fato de que, quando conseguirmos viajar pelo tempo, já não teremos (e é porque já não teremos) a noção de passado nem de futuro?
chorar
a lágrima
fará
o amor
promessa
sonharei contigo, prometo. causarei enganos, pularei de prédios, andarei pela rua. prometo amar sempre, chorar sempre, sentir sempre saudades. deitarei para te esperar e ficarei aborrecido com teu atraso. e assim não chegas. aborreça-me, prometi. prometa-me, aborrecerás. e assim seremos um só e dormiremos à luz do dia, à luz serena e clara do dia. e assim teus acalantos serão bom-dia. assim, enfim, seremos. e assim, enfim, não haverá mais promessa.
a minutos atrás
a minutos atrás dormiremos no senão
a minutos atrás acordamos no então
a minutos atrás vivera na torre alta dos sonhos
a minutos atrás morreu na virtude dos sonhos
a minutos atrás é ultimamente
a minutos atrás foi para sempre
a minutos atrás era bonito por não ser
a minutos atrás será bonito por ainda ser
a minutos atrás não haverá mais atrasos
a minutos atrás fora atraso das horas
a minutos atrás serão acalantos de agora
jealousy
jauntily
runs my pain
going to stranges
arms of myself
o ponto de mutação – fritjof capra
“de acordo com essa teoria [eletrodinâmica quântica], a mesma expressão matemática descreve um pósitron – a antipartícula do elétron – movendo-se do passado para o futuro ou um elétron movendo-se do futuro para o passado. as interações das partículas podem estender-se em qualquer direção do espaço-tempo quadridimensional, deslocando-se para trás e para frente no tempo tal como se movimentam para a esquerda e para a direita no espaço. para descrever essas interações necessitamos de mapas quadridimensionais que abranjam toda a extensão do tempo, assim como toda a região do espaço. esses mapas, conhecidos como diagramas espaço-tempo, não incluem uma direção definida do tempo. por conseguinte, não há ‘antes’ e ‘depois’ nos processos que descrevem e, assim, nenhuma relação linear de causa e efeito.”
não é muito interessante o fato de que, quando conseguirmos viajar pelo tempo, já não teremos (e é porque já não teremos) a noção de passado nem de futuro?
quinta-feira, 23 de março de 2006
terça-feira, 21 de março de 2006
"O Poder do Mito" x fora do caminho
"Moyers: Em que um mito é diferente de um sonho?
Campbell: Ah, é que o sonho é uma experiência pessoal daquele profundo, escuro fundamento que dá suporte às nossas vidas conscientes, e o mito é o sonho da sociedade. O mito é o sonho público, e o sonho é o mito privado. Se o seu mito privado, seu sonho, coincide com o da sociedade, você está em bom acordo com seu grupo. Se não, a aventura o aguarda na densa floresta à sua frente.
Moyers: Então, se meus sonhos privados estão em acordo com a mitologia pública, eu tenho boas chances de uma vida saudável nessa sociedade. Mas se meus sonhos privados estão em descompasso com a mitologia pública...
Campbell: ... você terá problemas. Se forçado a viver nesse sistema, você será um neurótico.
Moyers: Mas não acontece de muitos visionários e mesmo líderes e heróis estarem muito perto dos limites da neurosa?
Campbell: Sem dúvida.
Moyers: Como você explica isso?
Campbell: São pessoas que se afastaram da sociedade que poderia protegê-los e ingressaram na floresta densa, no mundo do fogo e da experiência original. A experiência original é aquela que ainda não foi interpretada para você; assim, você tem que construir sua vida por você mesmo. Você pode encará-lo, ou não, e não precisa afastar-se demais do caminho conhecido para se ver em situações muito difíceis. A coragem de enfrentar julgamentos e trazer todo um novo conjunto de possibilidades para o campo da experiência interpretável, para serem experimentadas por outras pessoas – é essa a façanha do herói."
Campbell: Ah, é que o sonho é uma experiência pessoal daquele profundo, escuro fundamento que dá suporte às nossas vidas conscientes, e o mito é o sonho da sociedade. O mito é o sonho público, e o sonho é o mito privado. Se o seu mito privado, seu sonho, coincide com o da sociedade, você está em bom acordo com seu grupo. Se não, a aventura o aguarda na densa floresta à sua frente.
Moyers: Então, se meus sonhos privados estão em acordo com a mitologia pública, eu tenho boas chances de uma vida saudável nessa sociedade. Mas se meus sonhos privados estão em descompasso com a mitologia pública...
Campbell: ... você terá problemas. Se forçado a viver nesse sistema, você será um neurótico.
Moyers: Mas não acontece de muitos visionários e mesmo líderes e heróis estarem muito perto dos limites da neurosa?
Campbell: Sem dúvida.
Moyers: Como você explica isso?
Campbell: São pessoas que se afastaram da sociedade que poderia protegê-los e ingressaram na floresta densa, no mundo do fogo e da experiência original. A experiência original é aquela que ainda não foi interpretada para você; assim, você tem que construir sua vida por você mesmo. Você pode encará-lo, ou não, e não precisa afastar-se demais do caminho conhecido para se ver em situações muito difíceis. A coragem de enfrentar julgamentos e trazer todo um novo conjunto de possibilidades para o campo da experiência interpretável, para serem experimentadas por outras pessoas – é essa a façanha do herói."
Pedacinho
[coloque seu título aqui] ou pedaço de felicidade
rio manso já vai longe
onde já não há diabo
e nem anjo alado há
onde já não há espaço
e o tempo esconde
onde nada houve e nada há
rio manso, agora!
ela implora, mas ignora
que lá o agora já não há
onde já não há diabo
e nem anjo alado há
onde já não há espaço
e o tempo esconde
onde nada houve e nada há
rio manso, agora!
ela implora, mas ignora
que lá o agora já não há
segunda-feira, 13 de março de 2006
leitura instânea da realidade em co-autoria
a vela derreteu o sol
não teve chama
nela não vi a luz
não teve reza
nela não vi santa
a lua esfriou a vela
esfriou a cera
formou lagoas e serras
do choro cunhou as cores
ela me ama
não tenho amores
ela me chama
nao vejo as cores
ela se acanha com meus sonhos
a envergonho com meus gritos
ela tenta me calar com beijos
ela tenta esfriar minha chama
me irrita quando sorri
me irrita quando negas
sofre quando me beijas
e me pega entre as pernas
enquanto penso em te ter
peco e silencio
enquanto penso em viver
peco e não vivo
vou me embora
vou calar meu desejo
o sol derreteu
pecado de calor
lua que chora
gota de amor
por Julia, J.P. Cilli, Marco e Galberti Mainardi
não teve chama
nela não vi a luz
não teve reza
nela não vi santa
a lua esfriou a vela
esfriou a cera
formou lagoas e serras
do choro cunhou as cores
ela me ama
não tenho amores
ela me chama
nao vejo as cores
ela se acanha com meus sonhos
a envergonho com meus gritos
ela tenta me calar com beijos
ela tenta esfriar minha chama
me irrita quando sorri
me irrita quando negas
sofre quando me beijas
e me pega entre as pernas
enquanto penso em te ter
peco e silencio
enquanto penso em viver
peco e não vivo
vou me embora
vou calar meu desejo
o sol derreteu
pecado de calor
lua que chora
gota de amor
por Julia, J.P. Cilli, Marco e Galberti Mainardi
quarta-feira, 8 de março de 2006
fora do caminho (foto do marco)
o senhor seu amanto
cabocolo velho
dum tanto cansado
da terra vermelha
do capim dourado
prumou a serra
descongou o congado
encabrestou o zeca
eita burrico folgado
pisou de pé rachado
topou o dedo em pedra
pelo finco do cerrado
fugiu de trilha marcada
do que fora caminho
espetou cabeça
cantarolou sozinho
esfomeado de sede
gostou cacto de espinho
banhou de sol e da lua
cunhou fala nova
quando não teve quem falar
foi-se embora pela cova
maldita aos olhos humanos
pra mais tarde voltar
senhor santo amanto
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