Francisco Alberto de Pirajá Santos, o Pira, é o primeiro entrevistado da nova série do QSEDQ: EntreVistas. E como algo só pode ser entre duas coisas, no caso, vistas, João Pedro e Marco visualmente conduzem o presente interrogatório. Sim, porque o QSEDQ não entrevista, interroga - sem rogar - e pessoalmente. E prefere gente desconhecida.
Bobagem, vamos ao Pira.
Pira é o gerente administrativo de uma unidade do Exército brasileiro. Ele prefere não mencionar mais detalhes sobre isso. Por que escolhemos o Pira? Ele lê, e escreve. Entrou em contato com a redação deste ignorativo, queria publicar também. Mas como achamos que o Pira era por demais o Pira, pensamos uníssonos (embora os pensamentos não emitam sons, ao menos os das pessoas educadas): interrogue-mo-lo.
A argüição durou aproximadamente 15 horas. Nenhum de nós sabe precisar o tempo exato, pois em certo momento revezamos e em outro, dormimos (cada um em seu respectivo espaço particular). Mas não é isso o que importa: para uma melhor digestão virtual, cortamos os trechos de silêncio (aproximadamente 4 horas), além dos papos-cabeça (27 minutos) e resumimos tudo em 3 partes, que serão publicadas com um breve intervalo entre si, de modo que dê chance para que o leitor naturalmente faça as reflexões cabíveis.
A inqüirição teve um resultado notável pelo nível de QSEDQ do entrevistado (já falamos do índice que inventamos, o "nível QSEDQ" de ignorância positiva?).
A perqüirição se segue, e basta de sinonímia.
JOÃO PEDRO: Pira, prazer. Isso chega a ser um trava-línguas, hein (risos).
MARCO: (que não ri) Não foi boa, não, João.
JP: É... Pira, quantos anos você tem?
PIRA: Trinta e cinco na certidão. Mas onde nasci...
MARCO: (interrompendo) Onde você nasceu?
PIRA: (irritado) Mas onde nasci não havia...
MARCO (interrompendo novamente): Onde você nasceu mesmo?
PIRA: (finalmente ignorando Marco) Não havia cartório nem nenhuma autoridade, lá ...
JP: (enquanto Pira continua falando) Marco, acho que ele não sabe...
MARCO: (Pira ainda fala) É...
JP: (Pira...) Foda-se, volta o gravador pra ele.
MARCO: (...) É melhor...
PIRA: ... então papai e mamãe resolveram fazer isso e eu prefiro dizer mesmo que tenho 35. Mas vai que tenho 40, 45. Ou mesmo 25. Se isso tivesse acontecido mesmo, se eu tivesse mesmo 25 anos, imaginem, há 10 eu tinha 15 e há 25 eu estaria nascendo.
JP: Faz sentido.
MARCO: Mas porque você chama seu pai de papai? Ao invés de você, você também diria "vossa mercê"?
PIRA: Não sei... (pensa longamente). De qualquer jeito, você não é papai (fazendo voz de nenem).
MARCO: Opa, Baby...
JP: Marco, espero que também não seja eu (risos, menos do Pira).
MARCO: (mais risos, não do Pira).
JP: Quero deixar claro, Pira, que não fumamos nada.
MARCO: (termina de rir). Pira, por que Pira?
PIRA: Pira apelido ou pira verbo?
MARCO: E verbo tem letra maiúscula?
JP: Marco, ele não está lendo.
MARCO: É mesmo... (conformado, cruza os braços) apelido.
PIRA: Todo mundo acha que é por causa do Pirajá, mas não é, não. É que lá em Piranguçu, onde nasci...
MARCO e JP: (interrompendo) Ahá!!!
(a continuar)
Bobagem, vamos ao Pira.
Pira é o gerente administrativo de uma unidade do Exército brasileiro. Ele prefere não mencionar mais detalhes sobre isso. Por que escolhemos o Pira? Ele lê, e escreve. Entrou em contato com a redação deste ignorativo, queria publicar também. Mas como achamos que o Pira era por demais o Pira, pensamos uníssonos (embora os pensamentos não emitam sons, ao menos os das pessoas educadas): interrogue-mo-lo.
A argüição durou aproximadamente 15 horas. Nenhum de nós sabe precisar o tempo exato, pois em certo momento revezamos e em outro, dormimos (cada um em seu respectivo espaço particular). Mas não é isso o que importa: para uma melhor digestão virtual, cortamos os trechos de silêncio (aproximadamente 4 horas), além dos papos-cabeça (27 minutos) e resumimos tudo em 3 partes, que serão publicadas com um breve intervalo entre si, de modo que dê chance para que o leitor naturalmente faça as reflexões cabíveis.
A inqüirição teve um resultado notável pelo nível de QSEDQ do entrevistado (já falamos do índice que inventamos, o "nível QSEDQ" de ignorância positiva?).
A perqüirição se segue, e basta de sinonímia.
JOÃO PEDRO: Pira, prazer. Isso chega a ser um trava-línguas, hein (risos).
MARCO: (que não ri) Não foi boa, não, João.
JP: É... Pira, quantos anos você tem?
PIRA: Trinta e cinco na certidão. Mas onde nasci...
MARCO: (interrompendo) Onde você nasceu?
PIRA: (irritado) Mas onde nasci não havia...
MARCO (interrompendo novamente): Onde você nasceu mesmo?
PIRA: (finalmente ignorando Marco) Não havia cartório nem nenhuma autoridade, lá ...
JP: (enquanto Pira continua falando) Marco, acho que ele não sabe...
MARCO: (Pira ainda fala) É...
JP: (Pira...) Foda-se, volta o gravador pra ele.
MARCO: (...) É melhor...
PIRA: ... então papai e mamãe resolveram fazer isso e eu prefiro dizer mesmo que tenho 35. Mas vai que tenho 40, 45. Ou mesmo 25. Se isso tivesse acontecido mesmo, se eu tivesse mesmo 25 anos, imaginem, há 10 eu tinha 15 e há 25 eu estaria nascendo.
JP: Faz sentido.
MARCO: Mas porque você chama seu pai de papai? Ao invés de você, você também diria "vossa mercê"?
PIRA: Não sei... (pensa longamente). De qualquer jeito, você não é papai (fazendo voz de nenem).
MARCO: Opa, Baby...
JP: Marco, espero que também não seja eu (risos, menos do Pira).
MARCO: (mais risos, não do Pira).
JP: Quero deixar claro, Pira, que não fumamos nada.
MARCO: (termina de rir). Pira, por que Pira?
PIRA: Pira apelido ou pira verbo?
MARCO: E verbo tem letra maiúscula?
JP: Marco, ele não está lendo.
MARCO: É mesmo... (conformado, cruza os braços) apelido.
PIRA: Todo mundo acha que é por causa do Pirajá, mas não é, não. É que lá em Piranguçu, onde nasci...
MARCO e JP: (interrompendo) Ahá!!!
(a continuar)
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