Às vezes me presto de apoio, mas não em semelhança a bengalas e corrimãos, mas sim a esteira emborrachada da escada rolante. Quero dizer - sim, uma merda, mas vamos andando que ficar é pior.
Mas tudo bem, já estamos cansados disto tudo. Estamos buscando o novo amanhã, não é mesmo? Só assim teremos nosso rosto devidamente outdoorizado. E às vezes somos muito dos outros, ou do outro. Que felicidade!
E as mensagens de sri-sri são sempre tão macias, aveludadas como o córrego do Rio Manso que:
1. paraíso
2. purgatório
3. inferno
Mas, meu amigo, - o que posso dizer? - você precisa de ajuda - é o que dizem - mas você está certo, certíssimo, mais certo só atando o nó final que te jogará no nunca do nada; mas aí não poderemos mais sentar ao sol (esse sol filho-da-puta), respirar fundo e tentar se convencer de que, nossa!, tudo existe: o gramado plantado, o lago represado, o ar poluído, e mesmo assim, e por isso mesmo, sentirmos um traço pequeno de força na nossa powerbar.
E lembrarmos das nossas tardes em que consoles e telas viravam roupa negra e armas construídas, missões inventadas; em que calois viravam cometas; em que meia dúzia de árvores viravam uma floresta num vale mágico.
Meu amigo - você deveria me conhecer -, falo pelo avesso. Este post é para você, mas você nunca vai saber da existência disto e assim - confesso - multiplicarei essa culpa que te esmaga, que te cega, que te chacoalha até te esgotar qualquer capacidade de raciocínio e entrega. E nada te dirá respeito, a não ser o fato - de novo - inexorável da inexistência.
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