caminhou. sentiu o trem passando-lhe pelos pés, que o sapato não lhe servia muito bem. caminhou. ia-lhe arrastando a barra da calça no chão, que não lhe atinava a altura que tinha diante de deus. caminhou. as mangas da camisa ultrapassavam-lhe os cotovelos e a gola apertava-lhe o pescoço, que o ar não lhe servia muito bem e não lhe havia alcance no mundo. caminhou. olhou para o sol pela fresta sobrando-lhe nos óculos, que não lhe era perceptível a inconveniência que lhe era atribuída pela sociedade. caminhou. foi feliz com o corpo que não lhe pertencia, fechou os olhos creditando-lhe a verdade do caminho e o desrespeito às outras verdades.
terça-feira, 6 de dezembro de 2005
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