sexta-feira, 9 de março de 2007

No Rancho

Com contribuição do Zitu.

Certo dia cumpanheiro fui pescá no tararé,
nas barranca desse rio morava uma cobra crué
sartemo pra canoa eu e o cumpadi zé mané
rememo rio acima até aondi num dava pé
quando a cobra viu nóis de braba ela ficou di pé
sartemo na canoa novamente, eu e o cumpadi zé mané
rememo rio abaixo e nunca mais nóis dois pesquemo nesse tar de tararé
ehê cobra crué, fiotona de cascavé!


trem de ferro anda na linha, papagaio anda no á
santo antônio num bate asa mais dá sarto mortá
eu sô memo desse jeito, eu sô memo de amargá
nasci em oklahoma e fui morá em itajubá
fi de cobra verde, neto de cobra corá
eu sô memo desse jeito, não nego meu naturá
se deitado eu dô rasteira, dissera se eu levantá
sobrinho de gato persa e tio de gato angorá
minhocuçu anda na terra, em cima eu prano de avuá
bebo cachaça no armoço e tomo pinga no jantá
cresci naonde judas um dia vai chegá
de artumóvi num tem como chegar lá
onde trem de ferro anda na linha e papagaio anda no á

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