quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
segunda-feira, 24 de dezembro de 2007
071215.IV
São Paulo pagou um preço por vencer o Rio de Janeiro. Esse tipo de coisa não sai de graça. Para ser melhor, São Paulo se abriu para o mundo e, pior, como voa um bom português: chorando. Rio queria ser Brasil. São Paulo teve que ser o mundo.
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
terça-feira, 18 de dezembro de 2007
071215.III
Em Hollywood, por exemplo, os que falam o que ninguém ouve, diziam que era curioso os que se achavam intelectuais não entenderem o que falavam. E, pior, entendiam; não se incomodavam.
segunda-feira, 17 de dezembro de 2007
071215.II
A diferença é que o dinheiro era só aquilo com o que se comprava. Hoje tem seu próprio valor. Quer dizer, custar muito por si só é comprar um público consumidor.
domingo, 16 de dezembro de 2007
071215.I
Um dia vão estranhar o nome “pirâmide etária”. Ou vão estranhar mesmo a fotografia de uma pirâmide.
sábado, 15 de dezembro de 2007
quinta-feira, 13 de dezembro de 2007
sábado, 8 de dezembro de 2007
quinta-feira, 6 de dezembro de 2007
O anúncio
Quando L. leu o anúncio, L. sorriu. Procura-se casais que se amam. Retribui-se fartamente. A mente de L. não vacilou em associar a expectativa com a figura carinhosa de R. Relendo a pequena chamada, ligou para ele no celular, comentou o que havia lido e deixou a idéia de que poderiam participar. R. sorriu e depois ficou muito pensativo. L. ficou feliz e disse a uma amiga que andava nas nuvens. À noite, L. e R. se encontraram, e ele decidiu terminar o namoro.
terça-feira, 27 de novembro de 2007
VIII
hoje a paisagem neon do sul manchou-se de uma chuva incerta.
o impacto pesado dos pingos no telhado podiam ser contabilizados
e até as andorinhas permaneceram por um tempo piscando seus ventres contra as nuvens.
neon o verde da montanha alta esculpida a sudeste e do vale em seu caminho setentrional;
neon o azul do céu lançando um arco-íris incompleto ao ocidente.
agora só os pardais ousam guarnecer as marquises e os muros com as últimas catas no bico e os últimos troca-troca de lugar
(a viuvinha espia assustada pelo túnel emplumado do seu ninho).
após um breve suspiro volta a terra expelindo seus odores de reclamação úmida contra a provocação da chuva que retornou decidida.
os cavalos escarafuncham tranqüilamente com bocas de velcro as faixas de mato de uma construção abandonada;
um gavião traça sua última elipse sobre os eucaliptos
e além da antena parabólica
desaparece nos fundos das telhas do vizinho.
o impacto pesado dos pingos no telhado podiam ser contabilizados
e até as andorinhas permaneceram por um tempo piscando seus ventres contra as nuvens.
neon o verde da montanha alta esculpida a sudeste e do vale em seu caminho setentrional;
neon o azul do céu lançando um arco-íris incompleto ao ocidente.
agora só os pardais ousam guarnecer as marquises e os muros com as últimas catas no bico e os últimos troca-troca de lugar
(a viuvinha espia assustada pelo túnel emplumado do seu ninho).
após um breve suspiro volta a terra expelindo seus odores de reclamação úmida contra a provocação da chuva que retornou decidida.
os cavalos escarafuncham tranqüilamente com bocas de velcro as faixas de mato de uma construção abandonada;
um gavião traça sua última elipse sobre os eucaliptos
e além da antena parabólica
desaparece nos fundos das telhas do vizinho.
quinta-feira, 22 de novembro de 2007
VII
hoje a tarde está indecisa como uma noiva incrédula
diante do anel inesperadamente desejado.
a luminosidade brilha em cada molécula da atmosfera
como o mistério,
os bloquetes da rua refletem o cinza luminescente do céu
onde se esconde o sol momentaneamente preterido pelo temporal sobranceiro.
o pássaro branco e preto tem também uma plumagem de um fraco pardo na nuca,
na nuca inquieta que espia a todo momento por baixo de portas inexistentes;
seu corpo se abaixa como um soldado entrincheirado para depois
logo depois
saltar numa pequena altura como quica uma bola de futebol;
caindo, bambeia o pequeno corpo aerodinâmico
levanta ora o rabo altivo
ora a cabeça
onde brilham seus olhos maquiados de dançarina árabe;
a chuva que ainda não veio ofusca e erra o contraste da sua coloração
mas não toca uma pena do seu canto de momentos misteriosos
nem de seus afazeres diuturnos em torno do ninho recém construído em cima do padrão que registra o consumo elétrico.
diante do anel inesperadamente desejado.
a luminosidade brilha em cada molécula da atmosfera
como o mistério,
os bloquetes da rua refletem o cinza luminescente do céu
onde se esconde o sol momentaneamente preterido pelo temporal sobranceiro.
o pássaro branco e preto tem também uma plumagem de um fraco pardo na nuca,
na nuca inquieta que espia a todo momento por baixo de portas inexistentes;
seu corpo se abaixa como um soldado entrincheirado para depois
logo depois
saltar numa pequena altura como quica uma bola de futebol;
caindo, bambeia o pequeno corpo aerodinâmico
levanta ora o rabo altivo
ora a cabeça
onde brilham seus olhos maquiados de dançarina árabe;
a chuva que ainda não veio ofusca e erra o contraste da sua coloração
mas não toca uma pena do seu canto de momentos misteriosos
nem de seus afazeres diuturnos em torno do ninho recém construído em cima do padrão que registra o consumo elétrico.
terça-feira, 20 de novembro de 2007
VI
hoje o vento está decidido:
vai soprar até derrubar tudo
ou deixar em tudo a expressão do espanto;
e chega como uma cavalaria de cossacos
galopando habilmente por todas as frinchas – as ruas, as janelas
e as garagens – cercando seus inimigos,
surgindo e desaparecendo por todos os pontos cardiais,
vibrando os fios e as lâmpadas dos postes, os esquadros metálicos e os vidros,
gritando um ódio invejoso do sossego
ou incompreensivo
somente.
dá trégua provisoriamente para que os latidos desvairados possam ser escutados
e volta – e vai;
os cães compõem uma ópera em tropeços soluçantes
uma ária,
um prólogo para o ataque da massa de ar subdividida em inúmeros guerreiros trajados com a mesma centelha da violência divina.
a porta e a janela ricocheteiam estampidos dolorosos,
deixando entrar – embarcado no assobio do vento em liberdade
roçando a concretude – o Réquiem de Mozart perdido na catedral da escuridão,
para onde se recolhe a brisa restante
substituída pelo silencioso tic-tac do relógio da cozinha.
vai soprar até derrubar tudo
ou deixar em tudo a expressão do espanto;
e chega como uma cavalaria de cossacos
galopando habilmente por todas as frinchas – as ruas, as janelas
e as garagens – cercando seus inimigos,
surgindo e desaparecendo por todos os pontos cardiais,
vibrando os fios e as lâmpadas dos postes, os esquadros metálicos e os vidros,
gritando um ódio invejoso do sossego
ou incompreensivo
somente.
dá trégua provisoriamente para que os latidos desvairados possam ser escutados
e volta – e vai;
os cães compõem uma ópera em tropeços soluçantes
uma ária,
um prólogo para o ataque da massa de ar subdividida em inúmeros guerreiros trajados com a mesma centelha da violência divina.
a porta e a janela ricocheteiam estampidos dolorosos,
deixando entrar – embarcado no assobio do vento em liberdade
roçando a concretude – o Réquiem de Mozart perdido na catedral da escuridão,
para onde se recolhe a brisa restante
substituída pelo silencioso tic-tac do relógio da cozinha.
domingo, 18 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
V
hoje veio com as partículas do sul e do chão
o frio;
e o sol, que penetrado na transparência oblíqua da manhã termina refratando na cidadela aracnídea do beiral,
relativizou-se:
foi só calor por onde andava desinibido;
mas por trás das sombras
dos telhados, das caixas d’água, das antenas parabólicas
dos pardais gorduchos
a grama tem seus verdes cristalizados pelo orvalho
e no outro lado do muro descansam calmamente as samambaias.
o pássaro branco-e-preto – cujo ninho
se descabela num vértice elétrico,
ameaçado pelos bandos de pardais cruzando o espaço inferior às andorinhas em ronronares alados de gatos caseiros,
sobre as vagas raivosas dos cães presos,
sob o olhar distraído do companheiro – trota veloz
e indeciso entre a rua e a calçada,
pulando por sobre seu reflexo na poça d’água
onde cria pequenas ondas circulares de sede
e avoa quando se aproxima um caminhão de terra.
o frio;
e o sol, que penetrado na transparência oblíqua da manhã termina refratando na cidadela aracnídea do beiral,
relativizou-se:
foi só calor por onde andava desinibido;
mas por trás das sombras
dos telhados, das caixas d’água, das antenas parabólicas
dos pardais gorduchos
a grama tem seus verdes cristalizados pelo orvalho
e no outro lado do muro descansam calmamente as samambaias.
o pássaro branco-e-preto – cujo ninho
se descabela num vértice elétrico,
ameaçado pelos bandos de pardais cruzando o espaço inferior às andorinhas em ronronares alados de gatos caseiros,
sobre as vagas raivosas dos cães presos,
sob o olhar distraído do companheiro – trota veloz
e indeciso entre a rua e a calçada,
pulando por sobre seu reflexo na poça d’água
onde cria pequenas ondas circulares de sede
e avoa quando se aproxima um caminhão de terra.
quarta-feira, 7 de novembro de 2007
IV
hoje a noite veio lenta
e a aparente calma é carcomida num frêmito pela desenfreada atividade do novo turno dos animais,
e das plantas
e pela ignorância carregada na correnteza do riacho.
uma coruja grunhe ameaçadora, defensiva
ou simplesmente grunhe pelo hábito de grunhir.
uma estrela arranha o céu por cima do mercúrio dos postes de luz:
alguém pede que um santo mande chuva para vingar o milho plantado.
a clorofila coloca a fotossíntese de lado para despreocupadamente ver a lua se enganar
cheia como o rastro de um cavalo na terra batida,
milagrosamente sombreando as sombras
com uma luz esguia do gosto de um chá prematuro
onde se tem misturada quantidade insuficiente de açúcar mascavo.
os insetos se concentram,
pontilhando sem qualquer indício das suas sombras
o raro que há de luz,
escorregando-se no óleo de um quadro de Van Gogh.
e a aparente calma é carcomida num frêmito pela desenfreada atividade do novo turno dos animais,
e das plantas
e pela ignorância carregada na correnteza do riacho.
uma coruja grunhe ameaçadora, defensiva
ou simplesmente grunhe pelo hábito de grunhir.
uma estrela arranha o céu por cima do mercúrio dos postes de luz:
alguém pede que um santo mande chuva para vingar o milho plantado.
a clorofila coloca a fotossíntese de lado para despreocupadamente ver a lua se enganar
cheia como o rastro de um cavalo na terra batida,
milagrosamente sombreando as sombras
com uma luz esguia do gosto de um chá prematuro
onde se tem misturada quantidade insuficiente de açúcar mascavo.
os insetos se concentram,
pontilhando sem qualquer indício das suas sombras
o raro que há de luz,
escorregando-se no óleo de um quadro de Van Gogh.
domingo, 4 de novembro de 2007
III
hoje a chuva caiu no fim da tarde,
forte como quem se move propelido por uma certeza absoluta.
em prefácio cinza-azulado,
a alcova do seu palco foi o sul,
sudeste talvez.
as pequenas pedras e os insetos mais frágeis
expostos ao seu espetáculo
figuraram interativos com um indubitável e concreto acaso:
gotas do acaso que ora os atingiam,
ora os ameaçavam
e incontáveis vezes caíam secas no cimento, no aço, nos paralelepípedos, nas gramas e nas poças – caíam
como quem simplesmente acontece;
e ali entregavam – católicas,
as suas efêmeras e errantes vidas de queda livre.
um imenso arco-íris tampouco deixava dúvida
com sua existência semi-celeste,
nascendo por detrás de um poste de energia e atravessando – roxo, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e anis – o espectro cinza das nuvens,
arqueando como um monumento verdadeiramente clássico erguido entre montanhas tangentes.
ninguém ousou sair à rua em atenção ao duelo oferecido;
a vizinha abandonou seu carro semi-afundado
e a concessionária de esgoto lembrava-se por uma placa amarela de aviso de obra.
na curva do morro, os reservatórios de água refletiam um som metalizado
– posto em dúvida pelas redondezas –
lembrando uma natureza em que a sorte não difere na desigualdade.
forte como quem se move propelido por uma certeza absoluta.
em prefácio cinza-azulado,
a alcova do seu palco foi o sul,
sudeste talvez.
as pequenas pedras e os insetos mais frágeis
expostos ao seu espetáculo
figuraram interativos com um indubitável e concreto acaso:
gotas do acaso que ora os atingiam,
ora os ameaçavam
e incontáveis vezes caíam secas no cimento, no aço, nos paralelepípedos, nas gramas e nas poças – caíam
como quem simplesmente acontece;
e ali entregavam – católicas,
as suas efêmeras e errantes vidas de queda livre.
um imenso arco-íris tampouco deixava dúvida
com sua existência semi-celeste,
nascendo por detrás de um poste de energia e atravessando – roxo, vermelho, laranja, amarelo, verde, azul e anis – o espectro cinza das nuvens,
arqueando como um monumento verdadeiramente clássico erguido entre montanhas tangentes.
ninguém ousou sair à rua em atenção ao duelo oferecido;
a vizinha abandonou seu carro semi-afundado
e a concessionária de esgoto lembrava-se por uma placa amarela de aviso de obra.
na curva do morro, os reservatórios de água refletiam um som metalizado
– posto em dúvida pelas redondezas –
lembrando uma natureza em que a sorte não difere na desigualdade.
quarta-feira, 31 de outubro de 2007
terça-feira, 30 de outubro de 2007
II
hoje o sol se foi lógico pelas banhas da terra
e em grito de agradecimento esticado
quase esquecido
esfrega uns laranjas no dorso das nuvens que o acompanharam,
como muros esquecidos na esperança patriótica da malograda copa do mundo.
as que ficam para leste vão monstruosamente asfálticas em direção norte,
sublimes
sustentáculos da frustração de águas que mal consigo prender nas mãos conchegadas.
as andorinhas se embaralham frenéticas entre o laranja, o azul e o cinza,
dezenas de pequenas agulhas
cosendo o firmamento em aparente desordem,
guiadas por algum conhecimento milenar do batente que as esperavam.
o horizonte diminui-se por listras horizontais brancas, amarelas, rebocadas, cerâmicas,
e combina-se perfeitamente com eucaliptos, mangueiras e outras árvores de identidade desconhecida.
as crianças que fui ontem brincam com a brita, a areia e os pedaços de vergalhões sobrados da reforma
e gigantes esqueletos metálicos sustentam as teias de alta tensão da companhia de energia elétrica.
e em grito de agradecimento esticado
quase esquecido
esfrega uns laranjas no dorso das nuvens que o acompanharam,
como muros esquecidos na esperança patriótica da malograda copa do mundo.
as que ficam para leste vão monstruosamente asfálticas em direção norte,
sublimes
sustentáculos da frustração de águas que mal consigo prender nas mãos conchegadas.
as andorinhas se embaralham frenéticas entre o laranja, o azul e o cinza,
dezenas de pequenas agulhas
cosendo o firmamento em aparente desordem,
guiadas por algum conhecimento milenar do batente que as esperavam.
o horizonte diminui-se por listras horizontais brancas, amarelas, rebocadas, cerâmicas,
e combina-se perfeitamente com eucaliptos, mangueiras e outras árvores de identidade desconhecida.
as crianças que fui ontem brincam com a brita, a areia e os pedaços de vergalhões sobrados da reforma
e gigantes esqueletos metálicos sustentam as teias de alta tensão da companhia de energia elétrica.
segunda-feira, 29 de outubro de 2007
As oito estações
-I-
hoje a lua nasceu cheia
atrás do morro alisado
e das nuvens, dos postes e dos telhados, dos fios das concessionárias e da enorme viúva aracnídea que habita uma quina no beiral.
e por um desses obstáculos entre ela e as minhas lentes de míope,
o merecido brilho da lua cheia,
hoje ele está fosco – como a cal branca
espirrada por cima do reboco.
ainda é fim de dia, quando os pássaros pequenos e os urubus passam
vindo de
indo para
lugares que ainda não conheci,
e a teimosia das vacas ainda pasta a puba aparentemente uniforme do calombo do morro,
aos pés da lua e de uma imensa árvore vertical, que só não é um edifício por ser cambada à esquerda:
desafio singelo e despretensioso às engenharias civis
e à pretensa especialidade turística de algumas construções esguelhas.
a lua foge das vacas e das árvores
seu brilho vai se sobrepondo ao embaçado tímido da sua nascença,
como se talvez nem soubesse que logo ali
do outro lado
hoje a lua nasceu cheia
atrás do morro alisado
e das nuvens, dos postes e dos telhados, dos fios das concessionárias e da enorme viúva aracnídea que habita uma quina no beiral.
e por um desses obstáculos entre ela e as minhas lentes de míope,
o merecido brilho da lua cheia,
hoje ele está fosco – como a cal branca
espirrada por cima do reboco.
ainda é fim de dia, quando os pássaros pequenos e os urubus passam
vindo de
indo para
lugares que ainda não conheci,
e a teimosia das vacas ainda pasta a puba aparentemente uniforme do calombo do morro,
aos pés da lua e de uma imensa árvore vertical, que só não é um edifício por ser cambada à esquerda:
desafio singelo e despretensioso às engenharias civis
e à pretensa especialidade turística de algumas construções esguelhas.
a lua foge das vacas e das árvores
seu brilho vai se sobrepondo ao embaçado tímido da sua nascença,
como se talvez nem soubesse que logo ali
do outro lado
voltará a elas, como sempre volta – criança.
quinta-feira, 25 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
quarta-feira, 17 de outubro de 2007
domingo, 14 de outubro de 2007
WWW - Welcome to the Wireless World
O leitor não se lembra da época em que controles remotos eram remotos porque tinham fio?
Bem, mas já deu pro leitor perceber que essa limitação espacial está definitivamente out, não deu?
O departamento comercial do QSEDQ traz a invenção que levantou um patamar a wirelessness mundial: o narguilê sem fio.
Isso mesmo! Você fumando seu narguilê de qualquer canto da casa. Disponível nas versões basic, over there e total freedom, você poderá baforar seu perfumado fumo a até 10, 40 ou incríveis 200 metros da base do seu novo Narguilê Wireless QSEDQ®.
Entre em contato e faça parte do seleto grupo da total liberdade!
Bem, mas já deu pro leitor perceber que essa limitação espacial está definitivamente out, não deu?
O departamento comercial do QSEDQ traz a invenção que levantou um patamar a wirelessness mundial: o narguilê sem fio.
Isso mesmo! Você fumando seu narguilê de qualquer canto da casa. Disponível nas versões basic, over there e total freedom, você poderá baforar seu perfumado fumo a até 10, 40 ou incríveis 200 metros da base do seu novo Narguilê Wireless QSEDQ®.
Entre em contato e faça parte do seleto grupo da total liberdade!
quarta-feira, 10 de outubro de 2007
segunda-feira, 8 de outubro de 2007
quarta-feira, 3 de outubro de 2007
As belas que nos perdoem
Tive um site numa época em que site pessoal ainda não era blog, era site pessoal. Nessa época, a gente usava o Geocities para hospedar as páginas que a gente escrevia no bloco de notas, com os códigos de html. Ainda se usava muito o windows 3.1 ou 3.11 para workgroups (creio que corresponde ao home e professional de hoje em dia), com o comando "win" no DOS para abrir o windows. Outro dia abri o DOS; com exceção do primeiro código que "aprendi" (na verdade foi um chute: digitando - com muito custo - aleatoriamente umas palavras no DOS de um daqueles 286, saiu um "cd", as iniciais do nome do meu pai, já que o computador era da empresa dele), não lembro nenhum comando mais. A gente criava arquivos executáveis (*.bat) também no bloco de notas. Usava o ARJ para compactar e tinha de decorar os atributos do comando. "Deltree *.*" era um palavrão. Quando surgiu a internet, modem era uma novidade excitante. O barulhinho que fazia (e que há tempo não ouço) era algo esperado - a gente nunca tinha certeza se iria conseguir se conectar. Arquivo MP3, quando surgiu pra ser tocado no Winamp, era um troço gigante. Para isso e para baixar outros arquivos grandes (acima de 1MB) havia um programinha cujo nome já não lembro, mas que tinha uma função essencial: se no meio de um download a conexão caísse (ou alguém da família quisesse usar o telefone, porque também não havia muito essa coisa de celular e muito menos banda larga), o programa reiniciava do mesmo ponto que havia parado. Esse foi o primeiro passo para podermos começar a baixar arquivos maiores. Email grátis, se não me engano, não eram tantos. Me lembro do Yahoo, do Hotmail, do Zipmail, do BOL. Pesquisa a gente fazia no Cadê?, onde os sites se registravam de acordo com categorias. Tinha também o Altavista, mas esse eu quase não usava; acho que veio depois, sei lá. Provedores eram poucos, pior pra mim que vivia numa cidade do interior. Mas tinha as intranets, onde eu primeiro vi essa coisa do bate papo. Porque aí vieram o ICQ e o bate-papo do UOL. O ICQ deve ter tido uma importância fundamental na minha vida porque ainda hoje me lembro meu número: 15105870. Esse, na verdade, foi o segundo, porque o primeiro se perdeu com alguma senha esquecida ou algum pau, que naquela época dava pau se algum f.d.p. enviasse algo como um bombardeio de mensagens ao mesmo tempo para você (e havia programinhas maldosos que faziam isso). Mas, bem, como eu ia dizendo, tive um site com um tio e uns amigos, que hoje provavelmente chamariam de blog. E hoje, tenho o que chamam de blog. Eu continuo chamando de site ou, ocasionalmente, ignorativo. Não sou um grande revoltoso com relação às expressões estrangeiras, mas blog (sim, blog é uma palavra estrangeira) é uma palavra muito feia. Blogue, blogar, blogueira/o. Muito feia. Tinha uma época, aliás, que os escritores simplesmente deixavam de usar uma palavra, ainda que portuguesa, porque era feia; mas isso foi coisa do Machado de Assis. A gente é moderno; o moderno é, tem que ser democrático; no moderno a feiúra tem seu espaço. A gente não perdoa o Vinicius: não há preferência, não há nada fundamental.
domingo, 30 de setembro de 2007
sexta-feira, 28 de setembro de 2007
terça-feira, 25 de setembro de 2007
quinta-feira, 20 de setembro de 2007
segunda-feira, 17 de setembro de 2007
domingo, 16 de setembro de 2007
Arte genética
Os ensaios e manifestos de Kac, datados dos anos 80, primeiramente
mostram que ele está ciente de uma dívida. Sob a sua autoria,
as fórmulas extraídas de Lyotard e Barthes (“gramática libidinal"
ou o termo pornograma, que designa uma “fusão do corpo e
do discurso" [8], por exemplo) incorporam sua prática a um movimento
global que, nos anos 70, sonhara em rejeitar todas as formas
de censura para transformar a expressão lingüística das pulsões em
marca de um discurso atribuível ao corpo, antes de reconhecer as
aporias de tal projeto. Por sua vez, os holopoemas posteriores de
Kac imitam certos comportamentos dos seres vivos, notadamente o
movimento. Entretanto, a sua incorporação ainda permanece inviável,
de modo que a declaração de Jean-Luc Nancy continua plenamente
válida. O mesmo não ocorre com as obras às quais, desde
1998, Kac se refere como “arte transgênica". Entre elas, Genesis
(1999) constitui a um só tempo uma culminação e um caso limite
para o “programa" mencionado por Nancy, à medida que a natureza
corporal do texto deixa de ser metafórica. Para esta obra, que
é simultaneamente trabalho de escrita, criação visual e intervenção
biológica, o artista escolheu o versículo bíblico no qual Deus estabelece
a supremacia do homem sobre o reino dos seres vivos,
dizendo ao casal original: “Tenham poder sobre os peixes do mar,
sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam
pelo chão" (Gênesis, 1:28). Kac transpôs estas palavras em Morse,
cujos sinais então substituiu pelos diferentes nucleotídeos que constituem
o DNA até obter um gene artificial, não-funcional, mas
passível de ser integrado tecnicamente à herança de um ser vivo.
Não contente em produzir, desta forma, uma série de versões equivalentes
de um mesmo texto, ele sintetizou e – por meio da intervenção
de um procedimento viral – inseriu a fórmula molecular no
genoma de uma bactéria. Esta foi então cultivada em condições
favoráveis ao surgimento de mutações, tão bem que no curso de
algumas gerações a estrutura correspondente à fórmula genética
começou a apresentar variações em certos indivíduos. Estes, na
transcrição inversa, apresentaram modificações na seqüência textual
original, resultando em algo como: “Teenham poder sobre os
peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais
que se aerastam pa cl chão." A palavra divina sobre a criação tornou-
se assim objeto de uma encarnação que repete o fiat: Kac
inscreveu a frase no interior de um organismo primário, unicelular,
para poder generalizá-la à semelhança do ser vivo. Desta vez, um
verbo serviu para bem (re)fazer a carne. O corpo revelou-se como
lugar de uma escrição, onde não se trata mais simplesmente de tatuar,
escarificar nem mesmo gravar as entranhas dos signos simbólicos.
A carne deixa de ser suporte para ser a própria matéria da escrita.
Do aqui já famoso Suplemento...
mostram que ele está ciente de uma dívida. Sob a sua autoria,
as fórmulas extraídas de Lyotard e Barthes (“gramática libidinal"
ou o termo pornograma, que designa uma “fusão do corpo e
do discurso" [8], por exemplo) incorporam sua prática a um movimento
global que, nos anos 70, sonhara em rejeitar todas as formas
de censura para transformar a expressão lingüística das pulsões em
marca de um discurso atribuível ao corpo, antes de reconhecer as
aporias de tal projeto. Por sua vez, os holopoemas posteriores de
Kac imitam certos comportamentos dos seres vivos, notadamente o
movimento. Entretanto, a sua incorporação ainda permanece inviável,
de modo que a declaração de Jean-Luc Nancy continua plenamente
válida. O mesmo não ocorre com as obras às quais, desde
1998, Kac se refere como “arte transgênica". Entre elas, Genesis
(1999) constitui a um só tempo uma culminação e um caso limite
para o “programa" mencionado por Nancy, à medida que a natureza
corporal do texto deixa de ser metafórica. Para esta obra, que
é simultaneamente trabalho de escrita, criação visual e intervenção
biológica, o artista escolheu o versículo bíblico no qual Deus estabelece
a supremacia do homem sobre o reino dos seres vivos,
dizendo ao casal original: “Tenham poder sobre os peixes do mar,
sobre as aves que voam no ar e sobre os animais que se arrastam
pelo chão" (Gênesis, 1:28). Kac transpôs estas palavras em Morse,
cujos sinais então substituiu pelos diferentes nucleotídeos que constituem
o DNA até obter um gene artificial, não-funcional, mas
passível de ser integrado tecnicamente à herança de um ser vivo.
Não contente em produzir, desta forma, uma série de versões equivalentes
de um mesmo texto, ele sintetizou e – por meio da intervenção
de um procedimento viral – inseriu a fórmula molecular no
genoma de uma bactéria. Esta foi então cultivada em condições
favoráveis ao surgimento de mutações, tão bem que no curso de
algumas gerações a estrutura correspondente à fórmula genética
começou a apresentar variações em certos indivíduos. Estes, na
transcrição inversa, apresentaram modificações na seqüência textual
original, resultando em algo como: “Teenham poder sobre os
peixes do mar, sobre as aves que voam no ar e sobre os animais
que se aerastam pa cl chão." A palavra divina sobre a criação tornou-
se assim objeto de uma encarnação que repete o fiat: Kac
inscreveu a frase no interior de um organismo primário, unicelular,
para poder generalizá-la à semelhança do ser vivo. Desta vez, um
verbo serviu para bem (re)fazer a carne. O corpo revelou-se como
lugar de uma escrição, onde não se trata mais simplesmente de tatuar,
escarificar nem mesmo gravar as entranhas dos signos simbólicos.
A carne deixa de ser suporte para ser a própria matéria da escrita.
Do aqui já famoso Suplemento...
quarta-feira, 12 de setembro de 2007
terça-feira, 11 de setembro de 2007
segunda-feira, 10 de setembro de 2007
domingo, 9 de setembro de 2007
quinta-feira, 6 de setembro de 2007
quarta-feira, 5 de setembro de 2007
E isso é só um blog amador...
Da Redação
No dia 05 de setembro de 2007, às 18h50m06s, uma pessoa residente no bairro da Graça, em Lisboa, Portugal, acessou o QSEDQ ao clicar num resultado oferecido pelo Google para uma pesquisa do termo "constelações". Tal usuário utilizava um Windows XP e um Internet Explorer 6. Suas configurações de vídeo eram de 800x600, com uma taxa de 32bits para cores.
Seu acesso foi registrado sob o nº 2916.
Aqui está o mapa da localidade donde, nas redondezas, estava sentado defronte seu computador quando acessou este ignorativo.
Ignorativo, e só um blog amador...
terça-feira, 4 de setembro de 2007
segunda-feira, 3 de setembro de 2007
domingo, 2 de setembro de 2007
sexta-feira, 31 de agosto de 2007
quinta-feira, 30 de agosto de 2007
quarta-feira, 29 de agosto de 2007
Exposição ENCARA - Uma Reedição Repensada
Nesta sexta-feira (31.8) vai começar uma reedição da "ENCARA", exposição de fotos minhas e da Carol Volpe originalmente ocorrida no Museu de Artes Plásticas Quirino da Silva, em Mococa (foi, aliás e infelizmente, a última do espaço...).
A Carol estará na FAFEM (Faculdades da Fundação de Ensino de Mococa) montando as fotos e os textos - é reedição repensada porque desta vez vai sem os "elementos plásticos" que acompanhavam as fotos nos originais.
É isso, pode continuar.
Da Lucidez da Arquitetura
:: Da Lucidez da Arquitetura ::
Antológica, pra se ter sempre à mão e reler, reler... A entrevista do arquiteto Paulo Mendes da Rocha a Ana Paula Souza na CartaCapital é de uma lucidez e de uma sabedoria sem tamanho, mesmo que um tanto dolorosa -- infelizmente, a entrevista não está disponível na íntegra no site. Pincei algumas frases:
Uma cidade degenerada
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha ergue e destrói a paisagem urbana
*A rigor, devíamos [arquitetos e urbanistas] ser mais ouvidos no plano político, nas questões de desenvolvimento das cidades. É uma pena que haja uma tendência de a arquitetura se tornar banal. Isso é decorrência da vertigem mercantilista do nosso tempo.*
*Falamos em água, ar, mas o que pode acabar antes somos nós mesmos.*
*A arquitetura constrói espaços para amparar a imprevisibilidade da vida, não para determinar comportamentos. A cidade é o lugar da liberdade.*
*O mercado é um horizonte falso e, se ficar no comando do processo, só produzirá asneiras como a dos neoclássicos.*
*A classe média alta é a mais baixa da população.*
*Como revitalizar o centro histórico? Transformando botequim em centro cultural? O botequim era um centro cultural.*
*A cidade é o lugar da reprodução do conhecimento na fala diária dos homens que precisam conviver.*
*A classe média não quer frequentar a liberdade.*
*[...] é essa consciência do próprio desastre que forma estados patológicos como o pânico. São pessoas que já não respeitam o outro, estão num estado de delírio.*
*A cidade é, por excelência, o lugar do discurso do homem, o lugar onde as coisas continuam, como experiência e como vida.*
Por Paulo Bicarato, às 15:17 de 16.08.2007 - Categoria: Pensatas
Antológica, pra se ter sempre à mão e reler, reler... A entrevista do arquiteto Paulo Mendes da Rocha a Ana Paula Souza na CartaCapital é de uma lucidez e de uma sabedoria sem tamanho, mesmo que um tanto dolorosa -- infelizmente, a entrevista não está disponível na íntegra no site. Pincei algumas frases:
Uma cidade degenerada
O arquiteto Paulo Mendes da Rocha ergue e destrói a paisagem urbana
*A rigor, devíamos [arquitetos e urbanistas] ser mais ouvidos no plano político, nas questões de desenvolvimento das cidades. É uma pena que haja uma tendência de a arquitetura se tornar banal. Isso é decorrência da vertigem mercantilista do nosso tempo.*
*Falamos em água, ar, mas o que pode acabar antes somos nós mesmos.*
*A arquitetura constrói espaços para amparar a imprevisibilidade da vida, não para determinar comportamentos. A cidade é o lugar da liberdade.*
*O mercado é um horizonte falso e, se ficar no comando do processo, só produzirá asneiras como a dos neoclássicos.*
*A classe média alta é a mais baixa da população.*
*Como revitalizar o centro histórico? Transformando botequim em centro cultural? O botequim era um centro cultural.*
*A cidade é o lugar da reprodução do conhecimento na fala diária dos homens que precisam conviver.*
*A classe média não quer frequentar a liberdade.*
*[...] é essa consciência do próprio desastre que forma estados patológicos como o pânico. São pessoas que já não respeitam o outro, estão num estado de delírio.*
*A cidade é, por excelência, o lugar do discurso do homem, o lugar onde as coisas continuam, como experiência e como vida.*
Por Paulo Bicarato, às 15:17 de 16.08.2007 - Categoria: Pensatas
terça-feira, 28 de agosto de 2007
E por falar nisso...
Pra quem vai ficar em São Paulo no feriado da Independencia ("??" - para não deixar passar os parênteses políticos...), uma boa é o show de lançamento do novo CD do Ivan no Auditorio do Ibirapuera. Vale pelo violeiro, vale pelo repertorio, vale pelo local.
O nome Dez Cordas origina-se de uma técnica desenvolvida por Ivan onde as cordas são tocadas separadamente em cada par (a viola freqüentemente tem cinco pares de cordas), resultando em uma sonoridade inusitada.
segunda-feira, 27 de agosto de 2007
O suicídio
Quando ele chegou, uma semana depois que eu, éramos colegas de dormitório. No quartel da 3ª de aviação cada quarto comportava dois oficiais. Na noite que ele recebeu um email da namorada entramos no terreno das conversas profundas. Cinco meses mais tarde coincidiu de ser marcada minha folga com sua prática de voo. Levei a câmera que ele me emprestou para a região desertica ao norte; ele decolou. Voando baixo, ficou se exibindo para mim, como um cavalo girando em volta do treinador. As montanhas chegavam a estar mais altas que ele. Numa delas, ele se transformou numa nuvem. Meu vídeo era seu bilhete.
Spam bizarro
Dear Friend,
I am Hubert Mulumba, a former personal assistant of President Joseph Kabila of the Congo Democratic Republic. Before I proceed further, let me make this point clear to you, I am not contacting you to waste your time and I will not want you to waste mine. Please, if you are dealing with me, give this transaction the absolute attention needed.
I was the Chief Officer in charge of arms and ammunition. Some months ago I was assigned to make payment for arms and ammunition worth $35.5 Million in France, on getting to London, I heard over the newsthat United Nation had given an ultimatum to our president and his former vice president and rebel leader Jean-Pierre Bemba to call for an immediate cease fire. I was then directed by the president to depositthe money with a security company in Durban and return back to Kinshasa. Due to power tussle I was sacked and wrongly detained in an underground prison for months. I was recently released and I managed to escape to West Africa.
I am presently seeking political asylum in a West African Sate and my present status does not allow me to move out of my present jurisdiction. Through a contact I was able to move the money out of the initial deposited company vault in Durban to Europe. Since my fallingout with President Kabila he had made spirited effort to move the money to another security company but could not, since the deposit was made in my name. Please I need your help to claim this money since my present situation cannot allow me to do that.
Upon the receipt of this letter, kindly reply me through my alternative email h_mulumba@yahoo.fr signifying your decision including your fullname, address, occupation, age and private phone numbers for quick communication.
Best Regards,
Hubert Mulumba
I am Hubert Mulumba, a former personal assistant of President Joseph Kabila of the Congo Democratic Republic. Before I proceed further, let me make this point clear to you, I am not contacting you to waste your time and I will not want you to waste mine. Please, if you are dealing with me, give this transaction the absolute attention needed.
I was the Chief Officer in charge of arms and ammunition. Some months ago I was assigned to make payment for arms and ammunition worth $35.5 Million in France, on getting to London, I heard over the newsthat United Nation had given an ultimatum to our president and his former vice president and rebel leader Jean-Pierre Bemba to call for an immediate cease fire. I was then directed by the president to depositthe money with a security company in Durban and return back to Kinshasa. Due to power tussle I was sacked and wrongly detained in an underground prison for months. I was recently released and I managed to escape to West Africa.
I am presently seeking political asylum in a West African Sate and my present status does not allow me to move out of my present jurisdiction. Through a contact I was able to move the money out of the initial deposited company vault in Durban to Europe. Since my fallingout with President Kabila he had made spirited effort to move the money to another security company but could not, since the deposit was made in my name. Please I need your help to claim this money since my present situation cannot allow me to do that.
Upon the receipt of this letter, kindly reply me through my alternative email h_mulumba@yahoo.fr signifying your decision including your fullname, address, occupation, age and private phone numbers for quick communication.
Best Regards,
Hubert Mulumba
sexta-feira, 24 de agosto de 2007
quarta-feira, 22 de agosto de 2007
terça-feira, 21 de agosto de 2007
segunda-feira, 20 de agosto de 2007
domingo, 19 de agosto de 2007
sexta-feira, 17 de agosto de 2007
Que gosto do que?
Eu gosto das concepções invertidas; é uma característica minha. Gosto da ideia de que a vida é o desfazer da morte, por exemplo. Como num texto de um Wesley, sujeito escritor da turma de outro sujeito escritor chamado André, o do link ao lado. Embora eu seja avesso às turmas literarias, com manifestos (aqui ou aqui, tanto faz, pelo menos) para dizer que são contra manifestos. Eu sou assim, mas isso não nos impede outras quem-sabe infinitas semelhanças de ideias; eu acho. Gosto de um defunto narrando sua vida. Gosto da ideia de uma narração cujo personagem parece ser homem durante toda a historia, até que no fim a gente descubra que sempre foi uma mulher (a não ser que não ocorra o fim dessa historia, como aqui ). Gosto de um livro que fale sobre um livro, que acabam concomitantemente. Sim, por isso tudo eu gosto da semelhança de concepções. Viu?
PS. Na mostra de tecnologia que está na FIESP (FILÉ 2007) tem muito disso, que pode se entender como arte metalinguística - ou metanarrativas, como ouvi daquele mesmo André numa troca de emails.
PS. Na mostra de tecnologia que está na FIESP (FILÉ 2007) tem muito disso, que pode se entender como arte metalinguística - ou metanarrativas, como ouvi daquele mesmo André numa troca de emails.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
Minha Arte Pessoal - II
(...)
Seria, portanto e concomitantemente, uma "arte" única para cada interpretador. Seria uma "arte" propositalmente indefinida; ou seja, a indefinição transbordaria a subjetividade da interpretação e se estenderia ao próprio conceito "daquilo". Ninguém poderia impor sua conceituação ao outro, nem tampouco se eximir de conceituá-la (nem que tal conceito seja o de não-arte ou mesmo de não-conceito).
Qual seria o próximo passo? Claro. Buscar algo no Google. Busquei, para dar maior abrangência, um termo em inglês: personal art. Encontrei um site holandês que faz quadros com a imagem do cliente, mas com um estilo particular. Tem Warhol, Lichtenstein, Lounge, Photoipod (você como uma sombra e seu iPod destacado), Black&White e Propaganda (que inclui até poster de propaganda comunista com a sua imagem).
Arte Pop?
Encontrei também o site de uma artista brasileira que faz "noivinhos, personagens, potes, portas celulares personalizados, porta fotos personalizados e muito mais", além de achar a arte "uma delícia!!!"
Arte popular brasileira?
Ainda na primeira página dos resultados do Google, cliquei num site francês. Mas como não sei francês, não sei do que se trata esse exemplar do termo que escolhi.
?
É verdade que não passei da primeira página (onde tentei ver ainda este, este e este ), mas não encontrei nada que se aproximasse do que eu queria expressar com "arte pessoal". Incluindo a busca em português, a maioria parecia dizer algo como "minha arte". Portfolio.
Um resultado, no entanto, me interessou. Era um PDF denominado "Arte e beleza: diferentes formulações foucaultianas sobre a estética da existência", que dizia algo bem parecido com aquele Rilke: sobre fazer da vida uma obra de arte. Não vou me aprofundar no que o artigo falava (para isso, vá o leitor clicar no link). Não era exatamente o que eu procurava; forçando, uma fonte inspiradora, teórica, da minha definição.
Mas, então, escrevendo este texto, pensei: se a definição é pessoal, por que eu estou procurando alguma de alguém? Se é pessoal, a origininalidade perde sentido - não importa.
E agora, terminando o texto, eu penso: para quê estou escrevendo tudo isso? Sei lá, é meu manifesto; o manifesto da minha arte pessoal, que só está público para delimitar bem as coisas.
É assim que tudo começou.
Seria, portanto e concomitantemente, uma "arte" única para cada interpretador. Seria uma "arte" propositalmente indefinida; ou seja, a indefinição transbordaria a subjetividade da interpretação e se estenderia ao próprio conceito "daquilo". Ninguém poderia impor sua conceituação ao outro, nem tampouco se eximir de conceituá-la (nem que tal conceito seja o de não-arte ou mesmo de não-conceito).
Qual seria o próximo passo? Claro. Buscar algo no Google. Busquei, para dar maior abrangência, um termo em inglês: personal art. Encontrei um site holandês que faz quadros com a imagem do cliente, mas com um estilo particular. Tem Warhol, Lichtenstein, Lounge, Photoipod (você como uma sombra e seu iPod destacado), Black&White e Propaganda (que inclui até poster de propaganda comunista com a sua imagem).
Arte Pop?
Encontrei também o site de uma artista brasileira que faz "noivinhos, personagens, potes, portas celulares personalizados, porta fotos personalizados e muito mais", além de achar a arte "uma delícia!!!"
Arte popular brasileira?
Ainda na primeira página dos resultados do Google, cliquei num site francês. Mas como não sei francês, não sei do que se trata esse exemplar do termo que escolhi.
?
É verdade que não passei da primeira página (onde tentei ver ainda este, este e este ), mas não encontrei nada que se aproximasse do que eu queria expressar com "arte pessoal". Incluindo a busca em português, a maioria parecia dizer algo como "minha arte". Portfolio.
Um resultado, no entanto, me interessou. Era um PDF denominado "Arte e beleza: diferentes formulações foucaultianas sobre a estética da existência", que dizia algo bem parecido com aquele Rilke: sobre fazer da vida uma obra de arte. Não vou me aprofundar no que o artigo falava (para isso, vá o leitor clicar no link). Não era exatamente o que eu procurava; forçando, uma fonte inspiradora, teórica, da minha definição.
Mas, então, escrevendo este texto, pensei: se a definição é pessoal, por que eu estou procurando alguma de alguém? Se é pessoal, a origininalidade perde sentido - não importa.
E agora, terminando o texto, eu penso: para quê estou escrevendo tudo isso? Sei lá, é meu manifesto; o manifesto da minha arte pessoal, que só está público para delimitar bem as coisas.
É assim que tudo começou.
quarta-feira, 15 de agosto de 2007
Minha Arte Pessoal - I
Andei pensando na utilidade que sempre quis dar às várias coisas que ajunto por aí. Comprovantes de todos os tipos de compras são um dos mais antigos itens colecionados. Comprovantes de cartão de crédito e débito, de pedágio, de estacionamento, de cinema, museu, etc, e de todas as viagens que faço - ao menos para fora do Brasil. Está tudo em caixas e envelopes. Há bastante tempo. Mas mais antigas são as moedas de um centavo. Na última contagem, há mais de 7 anos, eram 200 (ou seja, 2 reais). Depois acho que veio o pó-de-incenso. Isso mesmo, juntei durante muito tempo aquele pó que resta do incenso queimado (o que já disse ser até as cinzas do meu avô...). Têm também os potinhos de plástico onde vêm os filmes fotográficos e, mais tarde, os próprios "casulos" (palavra usada em algumas fotóticas para denominar a própria bobina do filme, muitas vezes reutilizadas nos chamados filmes rebobinados - agora, imagina pedir isso para um laboratório perdido num beco de Istambul...). As rolhas de vinhos. Os cartões de visita. Os outros tipos de cartões (geralmente vencidos, como os dos clubes aos quais não sou mais associado, ou os vazios, no caso dos telefônicos). Os mapas. Aqueles cartões publicitários da Johnnie Walker com frases de efeito, sempre destacando a palavra de maior efeito. As bolachas de chope. Etc.
Um dia, então, tive uma ideia para os comprovantes: colá-los num compensado de madeira (de 1m por 1,6m) que eu tinha em casa e fazer alguma composição com tinta; a tela se chamaria "fuga". Tempos depois, seguindo esse rastro, vieram ideias para os outros ajuntados. Quadros em que eu os colaria com um título que sugerisse alguma reflexão. Assim, os cartões de visita seriam algo do tipo "sociedade" ou "círculo de amigos". Ou até uma combinação de coisas, devidamente dividas de acordo com uma lógica, chamada "ego". Poderiam ser também somente quadros "decorativos", sem título nenhum (e um tanto bregas, um retrô meio anos 80 - a pior década do século passado no quesito bom gosto)(até porque as décadas atual e passada foram tão confusas, receberam tantos adjetivos, que não podemos identificar um gosto para podermos classificá-las).
Mas, daí pensei, estaria eu produzindo "arte"? Bem, como diz o Rilke, nas suas Cartas a um jovem poeta, a arte depende muito mais do artista do que do espectador. Quero dizer, somente eu poderia me responder.
Por um lado, não eram objetos que eu produziria para expor, vender ou mesmo presentear. Seriam visões pessoais do que foi a minha vida. Um tipo plástico de "Em busca do tempo perdido"? Não sei, ainda não li o clássico.
Ou da fase final, autobiográfica do Graciliano Ramos? Também não sei.
Duchamp?
Então comecei a denominar isso de "arte pessoal". Ou seja, seria uma arte voltada somente ao artista e, no máximo, a quem teve uma convivência considerável com ele. A própria definição seria, afinal, pessoal: aquele mesmo objeto seria definido de forma diferente por um eventual espectador deslocado daquela realidade retratada e interpretada.
(... a continuar ...)
Um dia, então, tive uma ideia para os comprovantes: colá-los num compensado de madeira (de 1m por 1,6m) que eu tinha em casa e fazer alguma composição com tinta; a tela se chamaria "fuga". Tempos depois, seguindo esse rastro, vieram ideias para os outros ajuntados. Quadros em que eu os colaria com um título que sugerisse alguma reflexão. Assim, os cartões de visita seriam algo do tipo "sociedade" ou "círculo de amigos". Ou até uma combinação de coisas, devidamente dividas de acordo com uma lógica, chamada "ego". Poderiam ser também somente quadros "decorativos", sem título nenhum (e um tanto bregas, um retrô meio anos 80 - a pior década do século passado no quesito bom gosto)(até porque as décadas atual e passada foram tão confusas, receberam tantos adjetivos, que não podemos identificar um gosto para podermos classificá-las).
Mas, daí pensei, estaria eu produzindo "arte"? Bem, como diz o Rilke, nas suas Cartas a um jovem poeta, a arte depende muito mais do artista do que do espectador. Quero dizer, somente eu poderia me responder.
Por um lado, não eram objetos que eu produziria para expor, vender ou mesmo presentear. Seriam visões pessoais do que foi a minha vida. Um tipo plástico de "Em busca do tempo perdido"? Não sei, ainda não li o clássico.
Ou da fase final, autobiográfica do Graciliano Ramos? Também não sei.
Duchamp?
Então comecei a denominar isso de "arte pessoal". Ou seja, seria uma arte voltada somente ao artista e, no máximo, a quem teve uma convivência considerável com ele. A própria definição seria, afinal, pessoal: aquele mesmo objeto seria definido de forma diferente por um eventual espectador deslocado daquela realidade retratada e interpretada.
(... a continuar ...)
terça-feira, 14 de agosto de 2007
segunda-feira, 13 de agosto de 2007
Apocalipse Now!
Eu tenho minha teoria do Apocalipse e acho que todo mundo deveria ter a sua. Acho isso porque, na minha teoria, todos nós provavelmente estaremos vivos quando ele acontecer; na verdade, é mais grave: todos estamos colaborando com ele - que já está acontecendo há algum tempo.
Outro dia eu li uma reportagem sobre um sujeito já velho no mundo da Internet (ou seja, com seus 30 e poucos, 40 anos), que participou ativamente lá do começo do primeiro boom e que ainda está por aí. Ele falava mal da tal web 2.0. O que é isso? É isto; são os blogs, a Wikipedia e tudo isso que conta com a participação de todo mundo (teoricamente). Ele dizia que essa característica ilusoriamente democrática é, na verdade, uma patifaria. Que o mainstream, justamente por ser grande e limitado, por ser conhecido e tradicional, também é previsível: a gente sabe qual revista dá uma ajudazinha ao governo, sabe que aquela outra faz capas para vender e etc. Já com a internet, ou melhor, com a web 2.0, não se sabe quem faz a notícia. Vocês, por exemplo, que não me conhecem; imaginem que este blog não fosse este blog, fosse sobre política e nós fizéssemos um trabalho sério - só que voltado para alguma determinada corrente partidária (sutilmente, claro). Para o tal, esse é o perigo, a patifaria.
(Para outro, um cientista meio louco que implantou um chip no corpo para poder acender e apagar a luz com o movimento da mão (e que apareceu no Fantástico), a internet já é a máquina incontrolável que a ficção científica previa: segundo ele, na prática, não se poder mais pará-la.) Mas este parágrafo foi só um parêntese.
Bem, o que tudo isso tem a ver com a minha teoria do Apocalipse - já chego lá.
Andou muito na "pauta" de todos os noticiários (da internet ou não) a prisão do colombiano de apelido muito engraçado para um traficante internacional perigosíssimo: o Chupeta. Fosse Capeta ou mesmo Vampeta, tudo bem, mas Chupeta? Enfim. Eles estão avançados, muito mais do que eram na década de 80 (é o que esses noticiários fazem questão de frisar, sempre citando o cinematográfico Pablito Escobar). Agora, esse avanço todo (até submarino para levar droga para os EUA eles usam) tem lá seu custo. A lógica, para mim, funciona mais ou menos assim: eles cometem um crime; a polícia vai atrás; eles criam formas para não serem pegos; a polícia cria formas para pegá-los, e etc. No mundo econômico o raciocínio vira: dinheiro para fugir, dinheiro para pegar. Ou seja: os usuários pagam para os traficantes (aqueles que lhes possibilitam o uso) poderem continuar sua nobre função e os cidadãos (usuários e não-usuários) pagam para a polícia impedir que os traficantes sigam traficando. (Vamos deixar de lado os outros custos pagos pelos cidadãos, ok?).
Enfim, a pergunta inevitável: onde é que tudo isso vai dar?
E, mais, quêque o cu tem a ver com as calças?
Primeiro, para onde estamos indo, e em todos os casos aqui citados. Ora, tudo isso levará a uma coisa: a elitização. Traduzindo: quem tem mais dinheiro terá acesso a informações mais ou menos confiáveis (ou ao menos de uma confiabilidade previsível) e às drogas, caso se interesse por ambas. E claro que se interessam, afinal, o que move este nosso planeta repleto de seres humanos? Drogas e informações. Daí chegamos ao Apocalipse.
É que, como já deu para perceber, estamos no meio de um processo de desigualdade social cujo objetivo é gerar sempre um pouco mais de desigualdade (indiretamente, ao menos, se o objetivo, na verdade, é só dar mais dinheiro aos que já têm o tal). Como tudo está avançando muito rápido, naturalmente o fim também chegará mais rápido. Brasil, Índia, China estarão muito mais divididos do que estão hoje. Serão bilhões de pessoas privadas de informações e drogas (as ilícitas, pelo menos).
Se a economia dos EUA já está cambaleando e já se diz que esta crise atual representa um marco na divisão do poder americano com outros países, isso só fortalece essas bilhões de pessoas.
Agora, o que será o meu Apocalipse? Aí eu não sei, já fui longe demais para chegar até o fim... até defender os americanos eu já defendi. Mas me deixem ir um pouquinho mais.
A nossa querida Bíblia, se não me engano, diz que no fim Deus ficará com os bons e arrependidos e chutará os pecadores imperdoáveis para o inferno. Então, quer dizer, será, que o DINHEIRO é o tal Deus?
Agora entendi tudo, porque o Marx era ateu. Entendi.
Outro dia eu li uma reportagem sobre um sujeito já velho no mundo da Internet (ou seja, com seus 30 e poucos, 40 anos), que participou ativamente lá do começo do primeiro boom e que ainda está por aí. Ele falava mal da tal web 2.0. O que é isso? É isto; são os blogs, a Wikipedia e tudo isso que conta com a participação de todo mundo (teoricamente). Ele dizia que essa característica ilusoriamente democrática é, na verdade, uma patifaria. Que o mainstream, justamente por ser grande e limitado, por ser conhecido e tradicional, também é previsível: a gente sabe qual revista dá uma ajudazinha ao governo, sabe que aquela outra faz capas para vender e etc. Já com a internet, ou melhor, com a web 2.0, não se sabe quem faz a notícia. Vocês, por exemplo, que não me conhecem; imaginem que este blog não fosse este blog, fosse sobre política e nós fizéssemos um trabalho sério - só que voltado para alguma determinada corrente partidária (sutilmente, claro). Para o tal, esse é o perigo, a patifaria.
(Para outro, um cientista meio louco que implantou um chip no corpo para poder acender e apagar a luz com o movimento da mão (e que apareceu no Fantástico), a internet já é a máquina incontrolável que a ficção científica previa: segundo ele, na prática, não se poder mais pará-la.) Mas este parágrafo foi só um parêntese.
Bem, o que tudo isso tem a ver com a minha teoria do Apocalipse - já chego lá.
Andou muito na "pauta" de todos os noticiários (da internet ou não) a prisão do colombiano de apelido muito engraçado para um traficante internacional perigosíssimo: o Chupeta. Fosse Capeta ou mesmo Vampeta, tudo bem, mas Chupeta? Enfim. Eles estão avançados, muito mais do que eram na década de 80 (é o que esses noticiários fazem questão de frisar, sempre citando o cinematográfico Pablito Escobar). Agora, esse avanço todo (até submarino para levar droga para os EUA eles usam) tem lá seu custo. A lógica, para mim, funciona mais ou menos assim: eles cometem um crime; a polícia vai atrás; eles criam formas para não serem pegos; a polícia cria formas para pegá-los, e etc. No mundo econômico o raciocínio vira: dinheiro para fugir, dinheiro para pegar. Ou seja: os usuários pagam para os traficantes (aqueles que lhes possibilitam o uso) poderem continuar sua nobre função e os cidadãos (usuários e não-usuários) pagam para a polícia impedir que os traficantes sigam traficando. (Vamos deixar de lado os outros custos pagos pelos cidadãos, ok?).
Enfim, a pergunta inevitável: onde é que tudo isso vai dar?
E, mais, quêque o cu tem a ver com as calças?
Primeiro, para onde estamos indo, e em todos os casos aqui citados. Ora, tudo isso levará a uma coisa: a elitização. Traduzindo: quem tem mais dinheiro terá acesso a informações mais ou menos confiáveis (ou ao menos de uma confiabilidade previsível) e às drogas, caso se interesse por ambas. E claro que se interessam, afinal, o que move este nosso planeta repleto de seres humanos? Drogas e informações. Daí chegamos ao Apocalipse.
É que, como já deu para perceber, estamos no meio de um processo de desigualdade social cujo objetivo é gerar sempre um pouco mais de desigualdade (indiretamente, ao menos, se o objetivo, na verdade, é só dar mais dinheiro aos que já têm o tal). Como tudo está avançando muito rápido, naturalmente o fim também chegará mais rápido. Brasil, Índia, China estarão muito mais divididos do que estão hoje. Serão bilhões de pessoas privadas de informações e drogas (as ilícitas, pelo menos).
Se a economia dos EUA já está cambaleando e já se diz que esta crise atual representa um marco na divisão do poder americano com outros países, isso só fortalece essas bilhões de pessoas.
Agora, o que será o meu Apocalipse? Aí eu não sei, já fui longe demais para chegar até o fim... até defender os americanos eu já defendi. Mas me deixem ir um pouquinho mais.
A nossa querida Bíblia, se não me engano, diz que no fim Deus ficará com os bons e arrependidos e chutará os pecadores imperdoáveis para o inferno. Então, quer dizer, será, que o DINHEIRO é o tal Deus?
Agora entendi tudo, porque o Marx era ateu. Entendi.
domingo, 12 de agosto de 2007
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