(...)
Seria, portanto e concomitantemente, uma "arte" única para cada interpretador. Seria uma "arte" propositalmente indefinida; ou seja, a indefinição transbordaria a subjetividade da interpretação e se estenderia ao próprio conceito "daquilo". Ninguém poderia impor sua conceituação ao outro, nem tampouco se eximir de conceituá-la (nem que tal conceito seja o de não-arte ou mesmo de não-conceito).
Qual seria o próximo passo? Claro. Buscar algo no Google. Busquei, para dar maior abrangência, um termo em inglês: personal art. Encontrei um site holandês que faz quadros com a imagem do cliente, mas com um estilo particular. Tem Warhol, Lichtenstein, Lounge, Photoipod (você como uma sombra e seu iPod destacado), Black&White e Propaganda (que inclui até poster de propaganda comunista com a sua imagem).
Arte Pop?
Encontrei também o site de uma artista brasileira que faz "noivinhos, personagens, potes, portas celulares personalizados, porta fotos personalizados e muito mais", além de achar a arte "uma delícia!!!"
Arte popular brasileira?
Ainda na primeira página dos resultados do Google, cliquei num site francês. Mas como não sei francês, não sei do que se trata esse exemplar do termo que escolhi.
?
É verdade que não passei da primeira página (onde tentei ver ainda este, este e este ), mas não encontrei nada que se aproximasse do que eu queria expressar com "arte pessoal". Incluindo a busca em português, a maioria parecia dizer algo como "minha arte". Portfolio.
Um resultado, no entanto, me interessou. Era um PDF denominado "Arte e beleza: diferentes formulações foucaultianas sobre a estética da existência", que dizia algo bem parecido com aquele Rilke: sobre fazer da vida uma obra de arte. Não vou me aprofundar no que o artigo falava (para isso, vá o leitor clicar no link). Não era exatamente o que eu procurava; forçando, uma fonte inspiradora, teórica, da minha definição.
Mas, então, escrevendo este texto, pensei: se a definição é pessoal, por que eu estou procurando alguma de alguém? Se é pessoal, a origininalidade perde sentido - não importa.
E agora, terminando o texto, eu penso: para quê estou escrevendo tudo isso? Sei lá, é meu manifesto; o manifesto da minha arte pessoal, que só está público para delimitar bem as coisas.
É assim que tudo começou.
quinta-feira, 16 de agosto de 2007
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