terça-feira, 14 de novembro de 2006

Mais diálogos

- mas! devolva-me!
- não seja por isso, está ali.
- olha a tolice, não vejo nada.
- não vê porque me nega.
- então tá; e se lhe aceito?
- não lhe garanto nada de mais, a não ser respostas às perguntas que você fizer, do jeito que você bem entender. o que é uma liberdade e tanto, concorda?
- não sei. você não me devolve e eu não concordo.
- mas você! você está no caminho oposto.
- e por acaso há direção no caminho?
- digamos que a direção é para chegar ao caminho.
- olha, prometo alcançá-la no meio desse caminho, mas agora é sério que preciso do meu tempo.
- veja, se não lhe tiro o chão, a altitude, nem nada, é porque lhe deixo algo.
- por que você quer me ver na miséria?
- muito pelo contrário.
- e eu faria o que sem tudo isso, senhorita einsten?
- como lhe disse, além do sarcasmo, você erra as perguntas.
- me ensine, então.
- não posso, nem consigo. só lhe dou as respostas.
- mas como você tem respostas sem perguntas?
- perguntar não é a minha parte nessa coisa. além disso, justifica eu ter roubado o seu tempo. assim você pode ver que a resposta sempre existiu.
- e a pergunta?

o homem e a quântica

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