sexta-feira, 2 de junho de 2006

Contos Folclóricos da Anutaz

havia a história, narrada pelos antepassados, de que um jovem filho, tendo se revoltado com as imposições do pai, fugiu de casa e andou muito, embrenhando pela floresta, até alcançar um rio, de água correntes e límpidas. posto já estar escurecendo, resolveu acender uma fogueira e repousar ali, embaixo de uma árvore de frutos doces, e dali a algum tempo, adormeceu. tendo o fogo apagado, e o frio lhe abatido, acordou trêmulo, desejoso de seu quarto e sua coberta, e temeroso dos espíritos que habitam a floresta. foi então que, mirando apavorado e imóvel a última brasa, esta começou-lhe a falar com brilhos. assim que, de brilhar mais ou menos, fazia-se sua linguagem, perfeitamente compreendida pelo jovem. a conversa foi longa, mas ao fim, a brasa, identificando-se como a mensageira da natureza, lançou uma maldição ao filho rebelde. o jovem deveria perseguir a onda d’água do rio que primeiro refletisse o sol da manhã. aquele era o rio anutaz, o rio que gerou o grande criador, que não possuía nascedouro nem tampouco foz.

Um comentário:

Anônimo disse...

Vai lá, filho rebelde!